EUA x UK: 4 diferenças para quem pensa em fazer doutorado fora

No Brasil, quando se fala em estudar fora, muitas pessoas pensam imediatamente nos Estados Unidos ou Canadá, destinos vistos como os mais populares. Esta fama, porém, não necessariamente se traduz por ter o melhor ensino ou melhores preços – o loveUK, inclusive, nasceu deste desejo de apresentar novos destinos, com foco no Reino Unido.

Atualmente, há cerca de 432 mil estudantes internacionais na terra da rainha, ao passo que 970 mil se direcionaram à casa do Tio Sam. Mas o que cada um viu como atrativo para fazer suas escolhas? O americano Robbie Crowder estudou durante sete anos em cursos de ensino superior antes de decidir se mudar para o Reino Unido, a fim de fazer um doutorado na Loughborough University (parceira loveUK). Após extensas pesquisas, ele listou quatro motivos que contribuíram para tomar sua decisão. Confira:

Duração do curso

Nos Estados Unidos, um doutorado pode ter duração de cinco a sete anos, ao passo que no Reino Unido o curso leva entre três e quatro anos. Essa grande diferença pode impactar tanto nos gastos com o doutorado como também no tempo para se reinserir no mercado de trabalho: conquistar um diploma no UK significa usá-lo de um a quatro anos mais cedo que nos EUA.

Segundo Robbie, os doutorados britânicos voltados à sua área de estudo recomendam fortemente que o estudante já tenha um mestrado, fazendo com que ele sentisse que seu título de mestre é mais valioso para uma candidatura no Reino Unido do que nas instituições americanas.

Estrutura do curso

“Depois de estudar por anos nos EUA, eu estava acostumado a cursos com um esquema de aulas, me dizendo quando e onde eu tinha que estar em algum lugar. Meu mestrado nos EUA foi estruturado de uma forma que eu não tinha sequer que selecionar as matérias, porque já havia um cronograma pré-determinado que a turma inteira seguia”, afirma Robbie.

Segundo o que pesquisou, os cursos de doutorado americanos seguem uma dinâmica parecida, em contraste com o modelo britânico, onde o estudante encontra maior flexibilidade – em contrapartida, este deve ter mais disciplina e auto motivação para aqueles que não estão acostumados a ter tanta liberdade.

“A liberdade de decidir que tipo de treinamento frequentar e no que trabalhar em determinado dia pode facilitar um desvio. No entanto, definir metas básicas de acordo com o tempo e exercitar a autodisciplina pode facilitar o controle das coisas”, finaliza.

Custos

Sempre fica aquela dúvida: é mais caro estudar nos Estados Unidos ou no Reino Unido? Para esta questão vale lembrar que para cada país há diferenças entre as universidades, assim como as oportunidades de financiamento e os custos de vida da cidade.

Na maioria dos casos, um doutorado nos EUA tem uma maior probabilidade de ser mais caro por conta das taxas anuais e do tempo de curso. “Como um estudante internacional, você vai se deparar com algo entre US$78 mil a US$177 mil ao longo de cinco a sete anos em um doutorado americano, contra US$40 mil a US$107 mil para um período de três a quatro anos no Reino Unido”, calcula Robbie.

Pesquisar e comparar os cursos em cada país é uma boa forma de tomar a decisão de onde irá estudar.

Equilíbrio entre trabalho e vida

Robbie afirma que uma das questões que mais lhe chamaram atenção na sua pesquisa foi a diferença no equilíbrio entre trabalho e vida social. Muitos dizem que ao entrar em um curso de pós-graduação, é possível escolher apenas duas de três opções: vida social, sono em dia ou boas notas. Para o caso do americano em seu mestrado, ele conseguiu focar em apenas uma – as notas.

“Pelo que li, um doutorado nos EUA teria uma dinâmica parecida, principalmente porque estes programas tendem a incluir muitas disciplinas já nos primeiros dois anos. Eu sabia que não queria este tipo de experiência. Agora que estou há oito meses no Reino Unido, posso definitivamente dizer que encontrei um bom equilíbrio aqui. Mantenho um cronograma regular de trabalho e parece que boa parte dos meus amigos também. Sempre haverá momentos em que terei que ficar acordado até tarde ou trabalhar no fim de semana, mas isso tem sido, até então, casos muito raros”.

Em suma, pelas pesquisas e experiência pessoal, Robbie tende ao lado do Reino Unido. “Eu tenho minhas opiniões quanto a estudar fora, mas no final, se isso é benéfico para você é algo que deve ser visto de acordo com suas necessidades e desejos”, finaliza.

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